sexta-feira, 10 de abril de 2009

UNIVESP: modelo amplia o acesso ao ensino superior

texto de 3 de outubro de 2008 | por Fernanda Galgaro, da Folha de S. Paulo.

Projeto pedagógico deve ter carga horária idêntica à do curso presencial e as aulas práticas

Educadores favoráveis à modalidade de educação a distância defendem que o modelo amplia o acesso de um maior número de pessoas ao ensino superior e também supre a carência de profissionais capacitados em determinadas áreas.

"A educação a distância é uma solução para essas necessidades", afirma Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a Distância do MEC (Ministério da Educação).
"Há muitas regiões que não têm instituições de ensino e os cursos a distância são a única maneira de essas pessoas conseguirem ter alguma formação", concorda Rita Maria Lino, integrante do conselho fiscal da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância).

O projeto pedagógico deve prever uma carga horária idêntica à do curso presencial e as aulas práticas, em laboratórios, devem ser realizadas em pólos. "As pessoas não devem se preocupar com a modalidade do curso, se é presencial ou não, mas, sim, com a qualidade da instituição que oferece o curso, porque há cursos ruins tanto no formato presencial quanto no a distância", diz.

Não há diferença entre o diploma de um curso presencial e o de um a distância.

Em 2006, o governo federal criou a UAB (Universidade Aberta do Brasil), que articula programas de educação a distância de instituições públicas já existentes. "O objetivo é levar ensino superior público de qualidade aos municípios que não têm cursos de formação superior", diz Bielschowsky. Há mais de 70 instituições de ensino cadastradas e 315 pólos de ensino com aulas. A meta é chegar a 562 até dezembro.

"O conceito de educação a distância não é novo. A novidade dos últimos anos é o uso de diversos recursos tecnológicos que permitem uma interatividade mais dinâmica entre aluno e professor", diz Rita Lino, da Abed. O curso oferece aos alunos uma plataforma virtual, com acesso a conteúdo didático, aulas e interação com professores, além de conferências pela internet.

"Sou uma entusiasta do modelo porque esse tipo de curso depende da participação ativa dos alunos, o que faz com saiam com mais autonomia e senso de responsabilidade." Na opinião dela, a experiência é enriquecedora porque, muitas vezes, há um contato entre estudantes que estão em localidades distintas e, portanto, com realidades diferentes.

Um comentário:

  1. Acho extraordináriamente fantástica o projeto da Universidade Virtual. Tenho e 62 não consegui concluir um curso superior em razão de diversos motivos.O acesso às universidades públicas no Brasil ainda são muito elitistas.
    O pobre estudao 1o. e 2os. graus na escolas públicas e depois para fazer um curso superior e obrigado a estudar em universidade
    particular, pois as universidades públicas são "lotadas" por estudantes da classe média/alta com alto poder aquisitivo.
    Existe algo mais ingrato do que isso?

    Parabéns pelo projeto! Cultura é informação e toda modalidade de informação e formação deve ser empregada para "tirar" o país dos atuais patamares medíocres de conhecimento científico e tecnológico.

    Jorge Pechibella

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